Flamengo reúne organizadas para debater violência contra as mulheres


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O aumento de ameaças de violência contra as mulheres em dia de jogos de futebol levou o Clube de Regatas do Flamengo a reunir, pela primeira vez, cerca de 50 integrantes de suas torcidas organizadas para debater o tema.ebc Flamengo reúne organizadas para debater violência contra as mulheresebc Flamengo reúne organizadas para debater violência contra as mulheres

Segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de ameaças de violência contra as mulheres aumentam 23,7% e os de lesão corporal crescem 20,8% nas capitais brasileiras, em dias de jogos de futebol.

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Embora os dados não signifiquem que o futebol seja a causa da violência, eles mostram a necessidade urgentes de medidas no enfrentamento do problema em ambientes de grande mobilização social.

O encontro, na sede do Flamengo na Gávea, foi uma iniciativa da Bancada Feminina do Conselho Deliberativo e teve apoio da Secretaria de Estado da Mulher, do Ministério Público estadual e da Livre de Assédio, como parte do protocolo “Não é Não! Respeite a Decisão”, que prevê capacitação sobre segurança para meninas e mulheres.

“A mobilização das torcidas organizadas do Flamengo em torno desse tema é um exemplo para todo o Brasil. Futebol é paixão, mas também deve ser um espaço de acolhimento e segurança para as mulheres”, Giulia Luz, superintendente de Enfrentamento às Violências da Secretaria de Estado da Mulher.

Para Giulia, “ao garantir informação sobre leis e direitos, e disponibilizar canais como o aplicativo Rede Mulher, ampliamos a mensagem e oferecemos ferramentas para que elas se protejam e ocupem cada vez mais esse espaço com liberdade e respeito”.

A presidente da Bancada Feminina do Flamengo, Marion Kaplan, destacou que a arquibancada pode ser usada para iniciativas positivas de mudanças sociais.

“hoje mostramos que a arquibancada também pode ser espaço de transformação social. Ver torcedores e torcedoras unidos pelo respeito às mulheres reforça que estamos abrindo caminho para um Flamengo mais inclusivo, onde a prevenção e o conhecimento fortalecem todas nós”.

Ana Addobbati, fundadora da Livre de Assédio, destacou a importância de ações que levem pessoas a ouvir o outro. “Quando uma mulher compartilha sua história, é fundamental que a sociedade saiba acolher, proteger e direcionar. O simples ato de ouvir com respeito já transforma o pensamento de quem está ao redor e abre espaço para a informação circular, criando uma rede de apoio que salva vidas”.

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